11/02/2009

"2009 - O retorno às aulas"



Iniciamos as atividades em 11 de fevereiro com os alunos, eu em particular depois de um período longo de férias volto com dificuldades em acordar cedo e conseguir organizar o tempo. O tempo esta mais adaptado a mim do que eu a ele.
Resolvi publicar o texto de 2008, mesmo sabendo que a cada ano sempre se tem mudanças, mas as que o texto referem-se podem ser repetidas e refletidas por muito tempo.


Mochilas prontas e aquele gostoso cheirinho de vinil, cadernos com folhas branquinhas e canetas sem nunca terem uma mãozinha para acariciá-las. Tudo novo e perfumado e pronto para serem usados.
Todos sabem o dia do retorno, mas sempre perguntam para terem a certeza que ela vai começar no dia marcado e que eles estarão de volta com certeza.
Nos primeiros dias alguns vêm bem felizes com um sorriso largo e aberto, cumprimentam a todos, vem com certeza que aqui é o melhor lugar do mundo, já outros acham que estudar não serve para nada, que estar aqui é uma perda de tempo.
De certa forma, é compreensível esse desestímulo, afinal de contas, o que há na escola de interessante? O que há na escola que possa ajudá-los no seu dia-a-dia? Que faça as coisas fazerem sentido nas suas cabeças? Que faça a vida ser vivida com prazer?
São perguntas para as quais não temos respostas. Sabemos que o estudo é importante. Cada vez mais o mercado de trabalho exige pessoas com uma preparação maior, que tenham uma boa formação intelectual junto com o conhecimento prático da profissão, por isso estudar hoje é uma necessidade premente. Mas o que fazer para que a escola seja, além do lugar onde encontramos essa formação, um local onde o prazer caminhe junto com a necessidade? É possível estudar com alegria? Como estimulo?
O ser humano por natureza é um curioso, que sempre quer saber mais, que não se conforma com um mínimo de informação, quer saber como tudo funciona e a criança é uma miniatura do ser humana, uma isca de gente, mas sua curiosidade é imensa, até porque ela tem poucas informações a respeito da vida.
O conhecimento que a escola oferece é realmente importante para a formação profissional de todos os seus alunos ou apenas para aqueles que pretendem cursar uma faculdade?
Será que ainda estamos, apenas, preparando os alunos para os vestibulares, os concursos?
Se as respostas para essas perguntas forem afirmativas, devemos nos perguntar onde fica aquele aluno que não pretende cursar uma faculdade, que não está preocupado em passar em concursos?
É hora de pensarmos o currículo escolar, preocupando-se muito com esse aluno, que em 2009 consigamos responder as nossas inquietações e que possamos ver a alegria estampada no rosto do nosso aluno.

Rosimar Jose
Coordenadora do Espaço da Sala Informatizada

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