14/06/2009

Lendas

Lenda: é uma narrativa de cunho popular que é transmitida, principalmente de forma oral, de geração para geração. As lendas não podem ser comprovadas cientificamente, embora muitos acreditem que possuem um fundo de verdade, pois elas surgiram para explicar os mistérios da vida.
O universo imaginário popular possui muitas lendas. No folclore brasileiro, as lendas mais conhecidas são: Curupira, Saci-pererê, Iara, Mula-sem-cabeça, Boto cor-de-rosa, Boitatá, entre outros. 

Caipora
É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento. Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
É um anão de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como protetor das Árvores e dos Animais, costuma punir o os agressores da Natureza e o caçador que mate por prazer. É muito poderoso e forte.
Seus pés voltados para trás serve para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um Porco do Mato.
De acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um Rolo de Fumo para agradá-lo, no caso de cruzar com Ele.  
Nomes comuns: Caipora, Curupira, Pai do Mato, Mãe do Mato, Caiçara, Caapora, Anhanga, etcBoi Tatá
É um Monstro com olhos de fogo, enormes, de dia é quase cego, à noite vê tudo. Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram.
Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes noturnos. Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil é chamado de "Cumadre Fulôzinha". Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios.
Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele protege as matas contra incêndios.
A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais mortos, e que visto de longe parecem grandes tochas em movimento.  
Nomes comuns: No Sul; Baitatá, Batatá, Bitatá (São Paulo). No Nordeste; Batatão e Biatatá (Bahia). Entre os índios; Mbaê-Tata.

Mula sem cabeça
Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, em noites escuras, pode haver aparições da Mula-Sem-Cabeça. Também se alguém passar correndo diante de uma cruz à meia-noite, ela aparece. Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Toda passagem de quinta para sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta.
Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabeça, na verdade, de acordo com quem já a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte, lançando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro.
Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. Às vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula,deve-se deitar de bruços no chão e esconder Unhas e Dentes para não ser atacado.
Se alguém, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto será desfeito e a Mula-Sem-Cabeça, voltará a ser gente, ficando livre da maldição que a castiga, para sempre
Nomes comuns: Burrinha do Padre, Burrinha, Mula Preta, Cavalo-sem-cabeça, Padre-sem-cabeça, Malora (México),

Saci-Pererê
É um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta. Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num  jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.  O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.  Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”. 

O Boto cor de rosa.
A lenda do boto é mais uma crença que o povo costumava lembrar ou dizer como piada quando uma moça encontrava um novo namorado nas festas de junho. É tradição junina do povo da Amazônia festejar o nascimento de Santo Antonio, São João e São Pedro. Em estas noites se fazem fogueiras, se atiram foguetes enquanto se desfrutam de comidas típicas e se dançam quadrilhas e outras danças ao som alegre das sanfonas. As lendas contam que em estas noites, quando as pessoas estão distraídas celebrando, o boto rosado aparece transformado em um bonito e elegante rapaz mas sempre usando um chapéu, porque sua transformação não é completa, pois suas narinas se encontram no topo de sua cabeça fazendo um buraco. Como um cavalheiro, ele conquista e encanta a primeira jovem bonita que ele encontra e a leva para o fundo do rio. Durante estas festividades, quando um homem aparece usando um chapéu, as pessoas pedem para que ele o retire para que não pensem que ele é um boto.

A Lenda da Mandioca
Em épocas remotas, a filha de um poderoso tuxaua foi expulsa de sua tribo e foi viver em uma velha cabana distante por ter engravidado misteriosamente.
Parentes longíquos iam levar-lhe comida para seu sustento,assim a índia viveu até dar a luz a um lindo menino, muito branco o qual chamou de Mani. A notícia do nascimento se espalhou por todas as aldeias e fez o grande chefe tuxaua esquecer as dores e rancores e cruzar os rios para ver sua filha. O novo avô se rendeu aos encantos da linda criança a qual se tornou muito amada por todos. No entanto , ao completar três anos, Mani morreu de forma também misteriosa , sem nunca ter adoecido. A mãe ficou desolada e enterrou o filho perto da cabana onde vivia e sobre ele derramou seu pranto por horas.
Mesmo com os olhos cansados e cheios de lágrimas ela viu brotar de lá uma planta que cresceu rápida e fresca. Todos vieram ver a planta miraculosa que mostrava raízes grossas e brancas em forma de chifre, e todos queriam prová-la em honra daquela criança que tanto amavam. Desde então a mandioca passou a ser um excelente alimento para os índios e se tornou um importante alimento em toda a região. Mandi = Mani, nome da criança. oca = aca, semelhante a um chifre.

A Lenda do Lobisomem
Esta lenda conta que quando uma mulher tem 7 filhos o sétimo será um Lobisomem. Existe a versão também de mulher amancebada com um Padre, cujo filho será lobisomem.
As sextas feiras, ele vai até uma encruzilhada e se transforma em lobisomem uivando para a lua, visita 7 fazendas 7 cemitérios e 7 igrejas, correndo por ruas e estradas e os cachorros correndo atrás latindo , seu uivo é horripilante.
Também visita galinheiros em busca de esterco das galinhas , quando o dia está para amanhecer ele volta para o lugar de onde partiu e volta a forma de homem.
É fácil reconhecer uma pessoa que vira lobisomem, ele é pálido, magro, nunca olha nos olhos das pessoas, anda sempre de camisa de mangas compridas para esconder os calos dos cotovelos pois na forma de lobisomem ele anda com os cotovelos no chão e raramente sai de casa de dia .
Se por acaso você encontrar um lobisomem e só falar para ele “ vai buscar sal em minha casa”, no outro dia aparece um homem a sua porta ele não te dirá nada você apenas lhe de um pouco de sal, assim você nunca mais vai encontrá-lo na forma bizarra. Também diz a lenda que só é possível matá-lo com bala de prata, e se ele te atacar , você também será um lobisomem.

O Lobisomem Manezinho
Pedro era um rapaz feliz e estudioso. Morador do Ribeirão da Ilha, sempre ouviu de D. Maria, sua avó, as histórias e lendas da ilha. Ele sempre escutava, mas acreditar ele não acreditava não, pelo menos era o que ele dizia.
Certo dia, combinou com uns amigos para irem até a praia, mas tinha que ser de noite pra ver a lua-cheia. Todo os meninos queriam ir, mas havia o receio. Quando todos chegaram, decidiram fazer uma fogueira e contar casos, foi quando um uivo foi escutado, era horripilante, todos ficaram imobilizados, depois outro uivo, eles olharam pra trás e viram algo parecido com cachorro, mas muito maior, parecia que iria ficar em pé e de repente sumiu. Os rapazes decidiram apagar a fogueira e saíram correndo pra suas casas.
De manhã cedo Pedro foi conversar com sua avó:
- Vó, num conta pra mãe, mas o Ônti-ônti, eu e uns amigo fomos na praia, aí teve um uivo, aí parecia que a gente viu um cachorro meio mostro, uma coisa medonha!
A velha senhora escutou e ficou assustada:
- Fio, Advuvido quitu sabix, mas visse um lobisomem. Lobisomem são homes que se mudam de moxtrô em dia de lua-cheia. Eles chupam o sangue de galinha, ou cachorro e inté de otrux home, que vira tamém outro lobisome.
Pedrinho que nunca queria acreditar
- Tá, vó, tá! Num vem cum essas história, se um dia eu vê de novo esse cachorro ele leva uma camassada-de-pau.
- Se tu vê de novo, tem que matar ele com faca de prata, seu tanço. Inda mais que tu é o número 7 dos fio da mia fia. É o número do lobisomem.
O Rapaz ficou receoso com as palavras da avó, mas na próxima lua cheia, Pedro não conseguiu resistir, uma vontade louca de sair na noite o tomou.
Ele foi caminhando, encontrou com o mar e ali parecia esperar por seu destino, quando escutou o uivo...olhou para trás e encontrou o monstro.
Depois disso ninguém mais sabe dizer o que aconteceu, só se soube que Pedro saiu de casa, foi morar sozinho e quase ninguém o via. E quando aparecia, aparecia muito branco, todo magro e sombrio.

Um comentário:

  1. só ñ gostei do lobisomem manésinho e nem dessa lenda da mandioca[a minha tá melhor}

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